terça-feira, 6 de março de 2012

Dengue: Dois casos suspeitos em São Lourenço

O mosquito transmissor da dengue e suas fases de crescimento
A Vigilância Epidemiológica com sede em São Lourenço está preocupada com dois casos suspeitos de dengue. Os exames foram realizados na manhã de hoje e seguem para Belo Horizonte. Dentro de uma semana os resultados serão informados. Antes havia quatro casos suspeitos, porém todos descartados.
As duas pessoas suspeitas de terem contraído dengue são moradoras do bairro Vila Nova e do jardim Santa Maria. O que aumenta a preocupação em caso positivo nos dois casos é o fato de nenhuma das duas pessoas terem viajado neste período. Se for confirmado seriam os dois primeiros casos de dengue em São Lourenço. Curiosamente em bairros que não apresentam focos do mosquito.
Segundo Ariléia Nascimento, Chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica na cidade, os casos, se confirmados, são de dengue tipo I, a clássica. Duas mulheres estão sob monitoramento constante e não estão internadas. Os focos de larvas do Aedes Aegypti só foram encontrados no bairro federal.
Houve um reforço nos agentes de combate à dengue. De seis agentes, a Vigilância Epidemiológica conta agora com uso de larvicida, amostral do município, preenchimento de seis relatórios anuais e reforço de 25 agentes na guerra contra a dengue.
A Dengue é uma virose, ou seja, uma doença causada por vírus. O vírus é transmitido para uma pessoa através da picada da fêmea contaminada do mosquito Aedes Aegypti.
A doença pode se manifestar de duas formas: a dengue clássica e a dengue hemorrágica:
Dengue Clássica: os sintomas são mais brandos. A pessoa doente tem febre alta, dores de cabeça, nas costas e na região atrás dos olhos. A febre começa a ceder a partir do quinto dia e os sintomas, a partir do décimo dia. Neste caso, dificilmente acontecem complicações, porém alguns doentes podem apresentar hemorragias leves na boca e nariz.

Dengue hemorrágica (ocorre quando a pessoa pega a doença por uma segunda vez): neste caso a doença manifesta-se de forma mais grave. Nos primeiros cinco dias os sintomas são semelhantes ao do tipo clássico. Porém, a partir do quinto dia, alguns doentes podem apresentar hemorragias em vários órgãos e choque circulatório. Pode ocorrer também vômitos, tontura, dificuldades de respiração, dores abdominais intensas e contínuas e presença de sangue nas fezes. Não ocorrendo acompanhamento médico e tratamento adequado, o paciente pode falecer.
No verão essa doença faz uma quantidade maior de vítimas, pois o mosquito transmissor encontra ótimas condições de reprodução. Nesta estação do ano, as altas temperaturas e a grande quantidade de chuvas, aumenta e melhora o habitat ideal para a reprodução do Aedes Aegypti: a água parada. Lata, pneus, vasos de plantas, caixas d’água e outros locais deste tipo são usados para fêmea do inseto depositar seus ovos. Outro fator que faz das grandes cidades locais preferidos deste tipo de mosquito é a grande quantidade de seu principal alimento: o sangue humano.
Como não existem formas de erradicar totalmente o mosquito transmissor, a única forma de combater a doença é eliminar os locais onde a fêmea se reproduz.
 Algumas dicas de ações:  
 - Não deixar a água se acumular em recipientes como, por exemplo, vasos, calhas, pneus, cacos de vidro, latas e etc.
 - Manter fechadas as caixas d’água, poços e cisternas.
 - Não cultivar plantas em vasos com água. Usar terra ou areia nestes casos.
 - Tratar as piscinas com cloro e fazendo a limpeza constante. O ideal é deixá-las cobertas ou vazias quando não for usar por um longo período.
 - Manter as calhas limpas e desentupidas
 - Avisar um agente público de saúde do município caso exista alguma situação onde há o risco de proliferação da doença. 

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